
Adoro Clarice Lispector.
No livro "Laços de Família" existe um conto que eu já lí muitas vezes. O nome do conto está lá no título da postagem. Aqui vai um pedacinho divino para vocês:
"Às vezes, tocado pela tua acuidade, eu conseguia ver em ti a tua própria angústia. Não a angústia de ser cão que era a tua única forma possível. Mas a angústia de existir de um modo tão perfeito que se tornava uma alegria insuportável: davas então um pulo e vinhas lamber meu rosto com amor inteiramente dado e certo perigo de ódio como se fosse eu quem, pela amizade, te houvesse revelado. Agora estou bem certo de que não fui eu quem teve um cão. Foste tu que tiveste uma pessoa."
Um grande beijo!
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